sexta-feira, 30 de março de 2012

FRUSTRAÇÕES

Saber lidar com a frustração é um ponto decisivo para você ser mais ou menos feliz. Saber lidar com as frustações é importante para você, também, saber lidar com as pessoas e isso inclui relacionamento no trabalho, na família, no casamento, etc…
A base desse “lidar com a frustação” começa na infância. Ela pode ser moldada, aprendida, exercitada. A criança que recebe tudo o quer, na hora que quer sem o mínimo de esforço; que tem uma mãe que sempre pensa: “Vou proteger para que ele/ela não sofra” e se antecipa para atender essa criança imediatamente, antes que a criança tente fazer por ela própria, que faz todas as vontades, etc… faz com que essa criança desenvolva uma baixa resistência à frustração.
Crianças desse tipo, tornam-se adolescentes voluntariosos, rebeldes e, posteriormente, adultos infantilizados, com problemas de adaptação em diversas áreas.
Há vários níveis de frustração:



Com aquilo que você pode mudar, como um trabalho, um curso ou um namorado(a). Caso você tenha um nível de frustração saudável, você já sabe que vai encontrar e esbarrar em situações que não gosta, mas nem por isso vai desistir. Muitas vezes, o trabalho não é exatamente o que se esperava, mas é preciso continuar nele até que apareça outro.

Com aquilo que você não pode mudar, mas precisa conviver.
Esse é o nível mais profundo: o da impossiblidade. Por ex.: o pai ou mãe que se teve, abuso na infancia, etc… Situações impossívels de serem mudadas, porque fazem parte do passado da pessoa.
Nesse caso, há perguntas que nunca ajudam. Por que eu tive um pai assim? Ou, se eu não tivesse tido uma família assim? Ou, como isso foi acontecer? Portanto: Por que? Se? Como? São perguntas que não modificam seu passado e paralisam o indivíduo naquele passado.
No entanto, perguntar: ”O que eu faço com tudo isso agora?” Trocando o “Por que?” o “Como?” por “a partir de agora”. Isso possibilita uma mudança para o presente fazendo o resgate da pessoa de seu passado. Permanecer em algum ponto do passado, é adoecedor e angustiante.
Outro ponto esclarecedor: é saber que o IDEAL nem sempre é o REAL. Talvez o real tivesse ter tido uma família equilibrada, saudável, etc… , mas o real é que, quem sabe, essa família foi muito desestruturada.
Outra coisa ajuda, é perceber que dentro de determinada situação a pessoa deve conviver com aquilo da melhor maneira possível e começar a identificar onde estão as situações que a ajudarão a faze-lo. Portanto, “conviver com isso da melhor maneira possível” é outro gancho que ajuda a caminhar para frente e não ficar preso ao passado, paralisado.
Outra providência: trocar o “Por que?” pelo “para que?”.
Situações mudam quando voce troca a frase, como por ex.: Por que eu tive um pai alcóolatra que era tão agressivo com minha família? Para que eu tive um pai…
Suas respostas serão inúmeras e sempre voltadas para um caminhar à frente. Talvez, para você perceber que o excesso de bebida poderá destruir uma família inteira ou que você precisará observar seu comportamento frente à bebida, etc…


O nível limiar e tênue tão dificil de lidar como o acima, pois trata-se da frustração vs. acomodação. A pessoa pode permanecer num trabalho com todas as dificuldades, reconhecendo que decididamente não gosta e não aventura-se em mudar, pois “afinal, todos os trabalhos são assim mesmo”. Existe uma linha muito tênue entre acomodação e a alta resistencia à frustação.
Uma resistencia à frustração pode ser muito bom mas uma acomodação de nível muito alta, pode não ser muito saudável.
Exemplo desse tipo, são pessoas que abrem mão do que queriam, de fato, para ficarem com algo que “não era exatamente o que queriam, mas que serve de qualquer maneira”.
Talvez, a roupa que gostou não é a do seu tamanho, mas como não tinha… você leva um número acima.
Pensar no seu “alvo” poderá ajudar nessa situação. Caso seu alvo esteja muito distante daquilo que você está vivendo e você insiste em permanecer nesta condição atual, talvez você esteja na “acomodação”. Na acomodação o indivíduo pode movimentar-se, ainda que seja pouco, mas não se movimenta. A pergunta é: Se você fizer alguma coisa, você se aproxima do seu alvo?
A resistencia à frustração ajuda em situações onde a pessoa “por enquanto” não pode sair dela, enquanto caminha para o alvo.

domingo, 18 de março de 2012

HISTERIA

TRANSTORNO HISTÉRICO

Esta com certeza é a forma mais tradicional, conhecida e falada de neurose. Esta fama se deve a 2 grandes investigadores da mente humana que foram Charcot e Freud. A histeria também foi a principal doença investigada por Freud e que acabou dando origem a Psicanálise. A histeria pode ser dividida em duas manifestações fundamentais, a histeria conversiva e a histeria dissociativa. Freud explica a histeria conversiva da seguinte maneira:
Na histeria conversiva haveria um conflito inconsciente, uma ansiedade que não consegue emergir para o consciente por mecanismos repressivos da própria mente (Superego) mas que contem uma energia que precisa se manifestar e acaba eclodindo como um sintoma físico que mantém uma relação simbólica com o conflito. Está achando complicado, então eu vou trocar em miúdos. Imagine que você tem ódio de seu irmão ou de seu pai. As vezes até com razão, mas imagine também que você recebeu uma educação super rígida onde o que se ensinou que é muito negativo ter ódio. Você sente culpa por estes sentimentos e acha que não pode mostra-los, ao mesmo tempo em que seu ódio por seu pai vai aumentado, e você sente (embora não tenha consciência) que deseja dar um soco nele. De repente pinta o sintoma histérico conversivo, uma paralisia do braço, não conseguindo mexe-lo e portanto não podendo concretizar o seu desejo proibido inconsciente. Acho que agora deu pra entender o que é a histeria conversiva. E ela pode se manifestar em qualquer parte do corpo (cegueira
TRANSTORNO HISTÉRICO

Esta com certeza é a forma mais tradicional, conhecida e falada de neurose. Esta fama se deve a 2 grandes investigadores da mente humana que foram Charcot e Freud. A histeria também foi a principal doença investigada por Freud e que acabou dando origem a Psicanálise. A histeria pode ser dividida em duas manifestações fundamentais, a histeria conversiva e a histeria dissociativa. Freud explica a histeria conversiva da seguinte maneira:
Na histeria conversiva haveria um conflito inconsciente, uma ansiedade que não consegue emergir para o consciente por mecanismos repressivos da própria mente (Superego) mas que contem uma energia que precisa se manifestar e acaba eclodindo como um sintoma físico que mantém uma relação simbólica com o conflito. Está achando complicado, então eu vou trocar em miúdos. Imagine que você tem ódio de seu irmão ou de seu pai. As vezes até com razão, mas imagine também que você recebeu uma educação super rígida onde o que se ensinou que é muito negativo ter ódio. Você sente culpa por estes sentimentos e acha que não pode mostra-los, ao mesmo tempo em que seu ódio por seu pai vai aumentado, e você sente (embora não tenha consciência) que deseja dar um soco nele. De repente pinta o sintoma histérico conversivo, uma paralisia do braço, não conseguindo mexe-lo e portanto não podendo concretizar o seu desejo proibido inconsciente. Acho que agora deu pra entender o que é a histeria conversiva. E ela pode se manifestar em qualquer parte do corpo (cegueira histérica, surdez, mudez, paralisias, parestesias, anestesias, dores de cabeça e qualquer outro sintoma que não encontre razões orgânicas e nos laboratórios que o justifiquem).

Uma outra maneira de entender o sintoma histérico é saber que as pessoas ansiosas sentem com muita intensidade os estímulos que acontecem ao seu redor . Esta intensidade faz com que elas não consigam decifrar ou elaborar o que esta ocorrendo, o que faz a sua ansiedade aumente a níveis muito altos, tensionando ou perturbando funcionalmente a operação de órgãos que de alguma maneira esteja relacionado com o Sistema Nervoso Central, e só quando a tensão ou ansiedade cede é que o sintoma desapareceria. Na histeria dissociativa , o estímulo é sentido de forma tão intensa que quebra a funcionalidade da própria mente, descoordenando-a e levando a pessoa a atos dissociados da realidade que a cercam por mais ou menos tempo. Vamos ao exemplo que é bem mais divertido, a mocinha que sobe na cadeira e grita desesperada por que viu uma barata. Eis ai uma típica reação histérica dissociativa.

A barata é sentida como um estímulo intensíssimo, assustador, além de extremamente nojento e asqueroso, e imediatamente surge a dissociação. Um monte de atitudes desconexas, que não resolvem a situação e que mesmo assim a pessoa não consegue impedir. As vezes estas dissociações são tão fortes que a pessoa entra em estados transitórios de loucura, as vezes desmaiam e por ai vai.
A "grande vantagem "da histeria é que a pessoa assume o papel da vitima indefesa perante a situação, necessitando da dó e da complacência dos outros que a ajudarão a superar as dificuldades, o grande mal da histeria é que a pessoa vai incorporando este sentimento de fragilidade interior que faz com que a pessoa vá se sentindo cada vez mais fraca até despencar em estado de Depressão. O tratamento da histeria é o da psicoterapia, nestes casos, embora as medicações possam ajudar de forma alguma são essenciais no tratamento. A pessoa terá que aprender os seus sentimentos e suas simbologias correspondentes e aprender a lidar com eles de forma coordenada. A incidência de relatos de histeria na Psiquiatria moderna caiu muito sendo hoje casos mais passageiros e fugazes.

Salve Xangô - São José Anganju!


19 de março: Dia de São José (Xangô Aganju)
Tudo o que sabemos sobre o marido de Maria e pai adotivo de Jesus vêm das Escrituras e isso tem parecido muito pouco para aqueles que criaram lendas sobre ele.

Diz-se que casou-se com Maria aos 30 anos de idade e, por seu caráter, foi escolhido a dedo por Deus para guardar a virgindade de nossa mãezinha Maria. Diz-se também que morreu aos 60 anos de idade, antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo.

Sabemos que ele era um carpinteiro, um trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus, "Não é este o filho do carpinteiro?" (Mateus 13,55). Ele não era rico, tanto que, quando ele levou Jesus ao Templo para ser circuncidado, e Maria para ser purificada, ele ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro (Lucas 2,24).

Apesar de seu humilde trabalho e suas condições, José veio de uma linhagem real. Lucas e Mateus discordam um pouco em relação aos detalhes da genealogia de José, mas ambos marcam sua descendência a partir de Davi, o maior rei de Israel (Mateus 1,1-16 e Lucas 3,23-38). Realmente o anjo que primeiro conta a José sobre Jesus o saúda como "filho de Davi," um título real usado também para Jesus.

Sabemos que José foi um homem compassivo, carinhoso. Quando ele soube que Maria estava grávida após estarem para se casar, ele soube que a criança não era dele mas desconhecia, até então, que ela estava carregando o Filho de Deus. Ele planejou separar-se de Maria de acordo com a lei, mas temeu pela segurança e o sofrimento dela e do bebê. Ele sabia que mulheres acusadas de adultério poderiam ser apedrejadas até a morte, então ele decidiu deixá-la silenciosamente e não expor Maria a vergonha ou crueldade (Mateus 1,19-25).

Sabemos que José foi um homem de fé, obediente a tudo o que Deus pedisse a ele sem preocupar-se com os resultados. Quando o anjo apareceu a José em um sonho e contou-lhe a verdade sobre a criança que Maria estava carregando, José imediatamente e sem questionar preocupar-se com fofocas, tomou-a como esposa. Quando o anjo reapareceu para dizer-lhe que sua família estava em perigo, ele imediatamente deixou tudo o que possuía, todos os seus parentes e amigos, e escapou para um país estranho, desconhecido, com sua jovem esposa e o bebê. Ele aguardou no Egito sem questionar até que o anjo disse a ele que já era seguro retornar (Mateus 2,13-23).

Sabemos que José amava Jesus. Sua única preocupação era com a segurança desta criança confiada a ele. Ele não apenas deixou seu lar para proteger Jesus mas na ocasião de seu retorno fixou residência na obscura cidade de Nazaré sem temer por sua vida. Quando Jesus ficou no Templo, José (junto com Maria) procurou por ele com grande ansiedade por três dias (Lucas 2,48). Sabemos também que José tratava a Jesus como seu próprio filho tanto que as pessoas de Nazaré constantemente repetiam com relação a Jesus, "Não é este o filho de José?" (Lucas 4,22)

Nós sabemos que José respeitava e temia a Deus. Ele seguiu as Suas ordens ao lidar com a situação de Maria (mãe solteira em tese) e ao ir a Jerusalém para Jesus ser circuncidado e Maria purificada após o nascimento de Jesus. Ele levava sua família a Jerusalém todo ano para a Páscoa, algo que não poderia ter sido fácil para um trabalhador.

Já que José não aparece na vida pública de Jesus, em sua morte, ou ressurreição, muitos historiadores acreditam que José provavelmente havia morrido antes que Jesus iniciasse seu sacerdócio.

José tem também como título de protetor da boa morte, porque presumindo-se que ele morreu antes da vida pública de Jesus, ele morreu com Jesus e Maria perto dele, da maneira como todos nós gostaríamos de partir desta terra.

José é também o patrono universal da Igreja, dos pais, dos carpinteiros, e da justiça social.

Celebramos dois dias festivos para São José: 19 de março para José o Marido de Maria e 1 de maio para José o Trabalhador.

terça-feira, 13 de março de 2012

LIBERDADE

Todos ansiamos por liberdade, mas poucos são os seres humanos que têm a real dimensão desta palavra. Muitas pessoas afirmam desejar ser livres, mas reclamam que sua liberdade é obstruída por várias causas.

Geralmente culpam alguém ou as circunstâncias por sua falta de liberdade. Esta é uma das armadilhas mais comuns em que o ego nos enreda. A falta de maturidade e coragem em pagar o preço que for necessário pela liberdade nos faz encontrar uma série de desculpas para justificar a nossa inércia.

Ser livre implica, antes de tudo, numa grande responsabilidade. Pois, sejam quais forem os enganos que cometermos, teremos que assumir as consequências sem poder colocar a responsabilidade sobre ninguém mais.
Entretanto, os aspectos positivos da liberdade e o crescimento interior que ela proporciona não tem preço. Antes de tudo é necessário reconhecer nosso ego infantil, que adoraria ter alguém para resolver todas as dificuldades.

É ele quem sempre nos levará a buscar justificativas para nossa infelicidade, como se nada tivéssemos a ver com a direção que toma nossa própria vida. Enquanto não formos capazes de enxergar esta verdade, seguiremos nos lamentando e colocando em fatores externos a culpa por nossa falta de liberdade.

Não se trata de negar o quanto é dificil superar nossos medos e fragilidades. Porém, desejar uma saída apesar de tudo, é essencial. Sempre é possível encontrar ajuda quando percebemos que sozinhos não daremos conta da tarefa.
O mais importante é reconhecer que somos nós e somente nós os responsáveis por construir a paz, a harmonia e a serenidade interior com que sonhamos.

Não há ninguém para decidir por você.

É a sua vida, de ninguém mais. Toque a guitarra, toque a flauta, ouça música, crie música. Apenas escolha as coisas que você gosta.
Não há ninguém mais para decidir por você. E é onde você está criando
problemas – você está ouvindo as opiniões dos outros....

Não ouça ninguém. E lembre-se que o que quer que você goste, desfrute
e aceite as consequências -, porque haverá consequências...

A minha abordagem é: ouça o seu ser, a sua natureza. Este é o seu destino, nada mais é importante. Aceite a si mesmo na totalidade, não condene.
OSHO.

Mediunidade ou Loucura? o que dizer?!

Mediunidade e Loucura

:: Osvaldo Shimoda ::
Como distinguir um transe mediúnico de um transtorno psiquiátrico?

Existem coisas na vida que são difíceis de distinguir, divisar claramente. Por exemplo: Como distinguir o real do imaginário?
A persistência da teimosia?
A potência da onipotência?
A passividade da resignação? (o que podemos e não podemos mudar em nossas vidas).

A linha é realmente bastante tênue, pois há uma sutil fronteira que nos dificulta responder com clareza a essas perguntas. O mesmo ocorre entre loucura e sanidade. A grande maioria dos psiquiatras e psicólogos não toma o devido cuidado de fazer um diagnóstico diferencial entre um transe mediúnico de incorporação que é normal, de um distúrbio psiquiátrico propriamente dito.
Mas por quê?

Porque o paradigma médico e psicológico vigente -ainda hoje ensinado nas universidades- equivocadamente não vê o ser humano em sua totalidade (mente, corpo e espírito), adotando, portanto, um critério científico puramente organicista, não levando em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, a comunidade científica médica norte-americana já reconhece o aspecto espiritual do ser humano.

O DSM-IV (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria) - referência internacional, onde os profissionais da área de saúde mental consultam esse manual que lista diferentes categorias de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los -, atualmente está em sua 5ª revisão e a sua versão final deverá estar pronta em maio do próximo ano, em 2013.

Sendo assim, o DSM-V deve vir revisado com uma alteração muito importante: deixa de incluir casos de transe religioso (cultos evangélicos, espíritas, umbandistas, de candomblé, etc.) como um distúrbio de personalidade, ou seja, uma personalidade múltipla (transtorno dissociativo de identidade, originalmente denominado transtorno de múltiplas personalidades).

Sem dúvida alguma, essa alteração será um grande avanço para que o profissional da área de saúde mental não faça um diagnóstico equivocado de um transe mediúnico, que é uma manifestação normal, espiritual, de um distúrbio psiquiátrico, aí sim, patológico, doentio.
Desta forma, nos cultos religiosos quando o médium de psicofonia em transe incorpora diferentes seres espirituais, seja da luz ou das trevas, não é visto mais pela Associação Americana de Psiquiatria como um caso psiquiátrico, um distúrbio de personalidade, de identidade.

Mas quero ressaltar nesse artigo, que o leitor atente para o velho jargão médico Cada caso é um caso, pois é importante realizar uma análise mais detalhada e cuidadosa de cada caso porque existe uma sutil fronteira entre a sanidade e a loucura -conforme mencionei no início desse artigo- onde mesmo um terapeuta mais experiente tem dificuldade de diagnosticar com precisão.

quinta-feira, 8 de março de 2012

8 de março dia da Mulher.

Recados

TRAUMAS PSICOLÓGICOS

Trauma psicológico é um dano emocional que resulta após algum acontecimento marcante com a pessoa. E este é considerado trauma apenas se a pessoa não se esquecer do acontecimento, e se a pessoa não se libertar do mesmo, sérios problemas podem acontecer, a pessoa pode vivenciar mudanças de comportamento, ou mesmo no cérebro se o trauma conduzir ao estresse.

Os traumas nascem na vida de algumas pessoas devido a um acontecimento muito ruim vivido pela mesma, ou por uma experiência que ocorreu várias vezes, a mesma fica com “medo” que possa ocorrer de novo, sempre se lembrando do passado e do ocorrido.

O trauma torna a pessoa confusa e insegura, e muitas vezes com medo de encarar o mundo de frente. Ele pode aparecer dentro das pessoas, por diversos motivos, alguns são pelo fato da traição do companheiro, por ter vivido um abuso sexual, ou mesmo por brigas não esquecidas, palavras feias e ofensas que indivíduos fazem, etc. Agora que você já sabe o que é um trauma, saiba que para se livrar dele é bem complicado, as pessoas procuram por médicos psicólogos, mas poucas realmente se vêem livre do problema. Minha dica para você que conhece alguém traumático e deseja ajudá-lo, converse com um servo de Deus, que ele te explicará melhor o que realmente é um trauma, e a maneira mais simples e correta de se livrar dos mesmos!

Os traumas emocionais produziram nossa insegurança e medo. Para superá-los, precisamos aprender sobre eles. As emoções também nos ajudam a amadurecer espiritualmente e a crescer. Eu digo sempre Não há nenhum guerreiro sem guerra .
Quantas vezes dizemos muito rapidamente Não quero falar sobre isso! quando alguém começa a falar sobre algo que atinge nossa dor emocional passada? É o mesmo que dizer Não quero tratar da minha emoção relacionada a isso! . Isto eventualmente vai acarretar resultados negativos se não tratarmos com o mesmo cuidado que temos com qualquer doença física. A solução para o bloqueio emocional é reconhecer a emoção e liberá-la.

AS EVIDÊNCIAS

Quais são essas doenças emocionas?

O perfeccionismo (sintomas)
O perfeccionismo é o problema emocional mais aflitivo.
O que é perfeccionismo? Como é mais fácil descrever do que definir, desejo expor aqui alguns de seus sintomas
1. A tirania dos deveres .a principal característica deste mal é uma sensação constante de que nunca se esta agindo da melhor maneira possível, nunca se esta sendo o melhor possível. Esta sensação afeta todas as áreas de nossa vida.
Algumas das frases típicas são:
° Devo melhorar
° Devia ter feito melhor.
° devo ser capaz de melhorar.

Complexo de perfeccionismo:

Trata se de um sentimento interior de insatisfação.Não consigo fazer nada.Nunca faço nada direito.não consigo satisfazer nem a mim mesmo,nem aos outros,este tipo de pessoa esta sempre procurando alguma coisa, sempre lutando,e geralmente carrega uma sensação de culpa sempre impelida pelo que sente ser seu dever.
Devo ser capaz de fazer isso devo ser capaz de fazer aquilo. Tenho que melhorar. Esta sempre tentando subir, mas nunca chega ao topo.
Os três verbos prediletos do perfeccionismo são,(poderia ter,deveria ter,e teria)

Sentimento de desvalor

Uma das mais comuns é um profundo sentimento de desvalor,uma perene sensação de ansiedade,incapacidade e inferioridade,uma vozinha interior que vive a repetir:
Não presto para nada.tudo que faço dá errado.
São pessoas que se sentem incapacitada para fazer as coisas nunca planeja nada pór que só de pensar em planejar já esta contando com a derrota e nunca se acha capaz de fazer nada esta sempre ouvindo uma vozinha que esta sempre a dizer não faça isto pois não vai dar certo para você,você não é capais de fazer isto é melhor-
você voltar você será envergonhado este é um sentimento que leva as pessoas a se acharem incapazes de realizar qualquer coisa por este motivo temos pessoas que esta parada não consegue sair do lugar ela trais com sigo uma insegurança que a prende é como se ela estivesse com suas mãos e pés atados ou acorrentados e ela não tem a chave para se libertar, são pessoas que tem medo de participar do jogo não gosta de competir com ninguém por que se acha incapaz de ganhar e prefere ficar de fora.
POR ISSO COMECE A MUDAR SUA ATITUDE MENTAL E SAIA DO TRAUMA E VENHA PARA VIDA COM GARRA E ENERGIA.
POIS VIVER AINDA È A NOSSA MELHOR OPÇÃO!

Projeção Astral

"O QUE É PROJEÇÃO ASTRAL?
Todas as noites, nossa consciência deixa de se manifestar no corpo físico e passa a se manifestar livremente num universo infinito de coisas fantásticas e maravilhosas... Habituada a esta situação, nossa consciência anseia por se libertar desligando-se instantaneamente de um cérebro físico preso a crendices, medos, condicionamentos e limitações Entretanto, quando a pessoa começa a se libertar de suas "barreiras" e a transcender a si mesma, também começa a ocorrer um fenômeno conhecido por diversos nomes: projeção astral, projeção da mente, desdobramento espiritual, projeção da consciência, sair consciente do corpo físico, experiência fora do corpo (EFC), viagem astral, etc. Porém, para mim, que vivencio este fenômeno todas as noites, passei a considerá-lo como um estado de "CONSCIÊNCIA EXPANDIDA", através do qual, posso pesquisar, investigar, analisar, rea

lizar experiências, etc..."

terça-feira, 6 de março de 2012

A PSICOLOGIA DO POLTERGEIST

RESUMO: O fenômeno poltergeist ou RSPK (psicocinesia recorrente espontânea), como é tecnicamente chamado em Parapsicologia, é ainda um dos mais intrigantes assuntos estudados na área. Esse fenômeno envolve ocorrências físicas tais como chuvas de pedras, movimentação, quebra, aparecimento e desaparecimentos de objetos, pirogenia, aparecimento de água, sons e luzes sem nenhuma explicação "normal" para esses eventos. A Psicologia tem contribuido para o estudo dessas ocorrências propiciando, através de testes psicológicos, traçar um perfil das pessoas que são ou foram agentes desses fenômenos a fim de tentar detectar o que faz com que certas pessoas passem por esse tipo de experiência e outras não. Scott Rogo alerta para a importância do contexto social em que o agente está envolvido, sugerindo a avaliação psicológica de todos os membros da família envolvidos na ocorrência e não só do agente. Ainda não se chegou a um consenso, porém a hipótese de explicação mais aceita é a teoria psicodinâmica, adotada por William Roll e outros. Um fato interessante é que a psicoterapia tem se mostrado eficiente na tentativa de cessar o fenômeno.





Introdução

As raízes da pesquisa psíquica, que mais tarde originou a Parapsicologia, têm suas bases nas ocorrências cotidianas de experiências ou fenômenos que hoje denominamos parapsicológicos. Ainda que J.B.Rhine insistisse em ter a Parapsicologia como um ramo estritamente experimental dentro da pesquisa psíquica (Beloff, 1993), não foi possível desvencilhar a pesquisa experimental da de campo, uma vez que a segunda fornece subsídios e pistas para um bom desenvolvimento da primeira. O isolamento entre ambas resulta em um trabalho estéril ou, no mínimo, pouco produtivo.

Além dessa interdependência entre os tipos de pesquisa, há que se ter em mente a interdisciplinaridade que exige a Parapsicologia. Sendo uma ciência que toca limites de várias outras ciências, é inadimissível que se possa supor que a Parapsicologia se feche em si mesma, sem olhar para os lados e sem que haja imbricação de conhecimentos com outras áreas de pesquisa. Especialmente a Física e a Psicologia estão conectadas aos estudos realizados sobre psi, trazendo conhecimentos que apontam novas hipóteses de explicação dos mecanismos ou de interpretação dos fenômenos ou experiências supostamente parapsicológicas. Neste trabalho, vamos nos ater às contribuições da Parapsicologia para o estudo dos fenômenos poltergeist ou, tecnicamente, RSPK.



RSPK: uma válvula de escape?

Poltergeist é uma palavra de origem alemã que se popularizou na época da Reforma, sendo utilizada por Martinho Lutero para se referir à ação de um "espírito brincalhão". Assim, polter significa "barulhento, brincalhão" e geist, espírito. Na verdade, geist também pode significar "mente de alguém vivo", mas de modo geral, esse significado é ignorado. Em Parapsicologia, o termo técnico utilizado para designar os fenômenos poltergeist é "psicocinesia recorrente espontânea" ou RSPK, do inglês recurrent spontaneous psychokinesis. Este termo era utilizado pela equipe do Laboratório de Psicologia da Duke, chefiada por J.B.Rhine, e foi mais amplamente divulgado por William George Roll, psicólogo especialista nos estudos de casos de RSPK que integrou essa equipe de 1957 até meados da década de 1960. Essa denominação está adequada à hipótese de explicação que pressupõe que o fenômeno ocorra devido à ação mental (psicocinesia), seja ela física ou não (1) - o que ainda não foi demonstrado definitivamente - sobre o ambiente de forma repetitiva ou recorrente e não provocada deliberadamente, ou seja, espontânea. Esses fenômenos podem incluir a movimentação, quebra, aparecimento e desaparecimento de objetos, combustão espontânea, vazamentos de água sem nenhum motivo aparente, sons e luzes "misteriosos". (Machado & Zangari, 1994, 1995; Roll, 1972, 1995; Bender, 1976)

Desde o século XVII encontramos registros de algumas poucas investigações feitas sobre casos poltergeist. Porém, nessa época, a preocupação maior das pessoas era combater a bruxaria e a possessão diabólica, pois as ocorrências RSPK eram atribuídas a efeitos de bruxaria ou encantamento ou à intervenção do demônio ou de espíritos maus em nosso mundo. (Machado, 1995)

Nos séculos XVIII e XIX, com o declínio da bruxaria, o desenvolvimento do mesmerismo e do espiritismo, além de outros fatores, as pesquisas começaram se seguir um padrão mais sistemático e rigoroso. (Alvarado, 1983) Apesar disso, não se poderia omitir que inúmeras fraudes flagradas levantaram a possibilidade de que não fosse provável que esse fenômeno pudesse ser genuíno. Supunha-se que tudo não passaria de fraudes bem montadas, com finalidades diversas. Se esta hipótese era confirmada em muitos casos, em outros não encontrava respaldo algum. (Machado, 1994)

Ainda no século XIX, era comum se pensar que a eletricidade - recém descoberta - fosse a responsável por eventos RSPK. Com a explosão do espiritismo nos Estados Unidos e na Europa, outra explicação encontrada por muitos era de que esses fenômenos se deviam à ação de espíritos desencarnados. Essa contraposição entre uma explicação naturalista e outra sobrenaturalista serviu de incentivo ao desenvolvimento de estudos acerca do tema. (Alvarado, 1983)

Neste ponto, pode-se dizer que Freud prestou grande contribuição à tentativa de explicação da RSPK quando formulou a hipótese da existência do inconsciente e descreveu seu possível mecanismo de funcionamento. Ampliando os limites da mente humana, que teria uma parte secreta a ser desvendada, Freud demonstrou - assim como Jung - que há muitas possibilidades humanas ainda não totalmente conhecidas. Isto se reflete nas hipóteses psicológicas que são levantadas para explicar RSPK, e encontram respaldo nas constatações feitas nas pesquisas, ainda que fraudes tenham sido detectadas.

Há evidências de fenômenos físicos nas ocorrências de RSPK. Isto leva a duas perguntas: "Como os objetos podem se mover sem que nenhum mecanismo conhecido seja utilizado?" e "Por que isto ocorre?" Deixemos neste momento de lado a primeira questão que, a princípio, a Física tenta explicar e passemos à segunda, que envolve, em tese, questões psicológicas. (Temos aqui este tom cuidadoso ao delimitar a atuação da Física e da Psicologia porque, naturalmente, tanto as questões físicas quanto as psicológicas devem estar correlacionadas em relação ao fenômeno e, como ainda carecemos de elucidação sobre muitos aspectos dessas ocorrências, convém não sermos categóricos nas afirmações.)

Vários autores, desde o início do século acenaram para a possibilidade de que questões psicológicas estivessem envolvidas no fenômeno de RSPK, fossem eles genuínos ou fraudulentos, através da realização de pesquisas. (Bender, 1969; Bender, 1976; Carrington, 1922; Hasting, 1964; Hyslop, 1913; Machado & Zangari, 1995; Rogo, 1974; Rogo, 1979; Roll & Pratt, 1958; Roll, 1972; Roll, 1995; e outros) Desde a década de 1930, testes começaram a ser aplicados a agentes RSPK para traçar seu perfil psicológico e para verificar se poderiam controlar as manifestações psicocinéticas de acordo com sua vontade. Os resultados não foram muito significativos nesse período. (Alvarado, 1983) Somente em 1958, no entanto, iniciou-se a aplicação mais sistemática de testes psicológicos aos agentes, com a investigação do poltergeist de Seaford, Long Island, realizada por William Roll e Gaither Pratt. Nessa ocasião, Roll iniciou o uso corrente do termo RSPK.

Os testes comumente utilizados na análise desses casos são testes projetivos (TAT e Rorscharch) e de associação de palavras. Da análise de vários sujeitos que passaram pela experiência de ser um agente RSPK, foram colhidos dados que apontaram para um certo padrão. Essas pessoas apresentavam problemas em expressar emoções, especialmente sentimentos de raiva e agressividade. Além disso, passavam por um momento de intenso stress devido a desajustes psicológicos ou de relacionamento. (Não vamos aqui entrar em questões fisiológicas.) Isto significa, portanto, que o agente vivia um momento de tensão. A questão é: se todos nós temos momentos tensos no nosso dia-a-dia, se estamos sujeitos a desentendimentos familiares ou profissionais, por que apenas algumas pessoas fazem com que isto influencie fisicamente o ambiente e outras não?

Críticas são feitas quanto à aplicação dos testes projetivos porque a análise das resposta é muito subjetiva e pode ser influenciada pelo pesquisador que, ao analisar os dados, faz ser comprovada a hipótese psicodinâmica por ele já conhecida. Em geral, o psicólogo que faz a avaliação dos resultados conhece o caso que está sendo investigado. Mais um senão levantado pela crítica: talvez a condição de stress ou os desajustes psicológicos detectados sejam resultado de profecias auto-cumpridoras. (Alvarado, 1993) Não é por isso, no entanto, que se deve descartar a utilização de testes psicológicos para estudar o agente. Propõe-se a utilização de testes mais objetivos, como o MMPI (Minnesota Multiphasic Personality Inventory). Alfonso Martinez Taboas, psicólogo porto-riquenho e pesquisador em Parapsicologia, afirma que, em alguns casos, tendo sido aplicado o MMPI, nenhum tipo de psicopatologia foi encontrado. (Taboas, 1984) As questões psicológicas talvez apontem para um caminho de explicação, mas ainda não constituem respostas definitivas.

De qualquer forma, um aspecto interessante da RSPK, como observa William Roll (1972, 1995) é que os objetos atingidos pelo fenômeno têm uma relação simbólica estritamente ligada à significação dada às ocorrências pelo agente, ainda que, à princípio, ele não se dê conta disso. Para demonstrar essa relação simbólica, Roll (1995) apresenta o caso da menina Tina Resch que, aos catorze anos de idade, foi o centro das manifestações de RSPK que tiveram lugar em sua casa em Columbus, Ohio, em 1984. Roll conta que vários eventos RSPK começaram a ocorrer em um período em que Tina estava muito revoltada com seus pais e passara por várias situações desagradáveis: sua melhor amiga falecera há pouco e Tina rompera com seu primeiro namorado Ela era filha adotiva e tinha ciúme das crianças que seus pais cuidavam como filhos de criação. Todos os fenômenos que ocorreram naquela casa se relacionavam com objetos ou locais ligados aos pais ou às crianças. Quando Tina se apercebeu de que ela era o centro das ocorrências, começou a ser atingida pelos objetos que se movimentavam. Isto ocorreu após a visita de um pastor que deveria fazer orações para livrar a casa de espíritos ruins. Vendo-se como uma pessoa má, Tina teria iniciado um tipo de auto-punição, ainda que inconscientemente. (Roll, 1995)

Os testes psicológicos realizados com Tina confirmavam o que testes com outros agentes já haviam demonstrado: agressividade mal-direcionada e dificuldade de integração no ambiente familiar. Apesar destes resultados apontarem para a confirmação de sua explicação favorita, Roll não deixa de se questionar acerca da interpretação psicológica e das falhas que poderiam estar ocorrendo quanto à avaliação do caso. O fato é que há muitas dificuldades de investigação dos casos RSPK devido à escassez de ocorrências que chegam ao conhecimento de pesquisadores seriamente interessados em conduzir um trabalho sério acerca desse fenômeno. Como o próprio Roll diz, falta ainda uma peça importante a respeito do que faz com que determinadas pessoas sob tensão manifestem RSPK e outras não. E ele aposta que isto esteja diretamente relacionado ao modo de interação agente-meio ambiente.

Scott Rogo, na década de 1970, propôs que a responsabilidade sobre a ocorrência do fenômeno não deveria recair sobre uma pessoa apenas. (Rogo, 1979) É certo que alguém, de alguma forma, está sempre mais diretamente ligado à RSPK, mas se a ocorrência do fenômeno é conseqüência de stress e problemas de relacionamento, então todo o grupo ou a família que convive com o agente deve também se submeter à investigação.

Em um trabalho apresentado na 22ª Convenção Anual da Parapsychological Association, em 1979, Rogo fundamenta suas idéias acerca da dinâmica familiar descrevendo a investigação de um caso ocorrido em Los Angeles entre 1978/79. A todos os membros da família em questão - pai, mãe e filhos - foram aplicados o Rosenzweig Picture-Frustration Test (2) e o Rotter’s Incomplete Sentence Blanck. A avaliação dos testes foi feita por Gertrude Schmeidler, que sabia se tratar de um caso de RSPK, mas não tinha conhecimento de quem respondera cada teste em particular. Os resultados demonstraram que todos os membros daquela família tinham padrões semelhantes quanto à agressividade e dificuldade de relacionamento. Claro que isto não anula a hipótese de que haja um agente central, mas aponta para um caminho que deve ser melhor explorado: "... a personsalidade de vários membros de uma família pode desempenhar um papel crucial na ontogênese da erupção de um poltergeist, assim como a personalidade de um suposto agente." (Rogo, 1979)

Em que pesem todas as dúvidas que ainda pairam sobre os aspectos psicológicos do poltergeist, convém lembrar que, se ainda não conseguimos chegar a uma conclusão definitiva sobre como e porque eles acontecem, temos evidências de como fazê-lo parar de ocorrer. A psicoterapia tem se mostrado muito eficaz na cessação do fenômeno. Aparentemente, se o agente resolve problemas internos e toma consciência de emoções contidas, retraídas, abafadas, as ocorrências tendem a diminuir até cessarem por completo. (Bender,1969, 1976; Roll, 1972) Este foi o caso de Annemarie, considerada o agente do Caso Rosenheim, apresentado pela primeira vez ao público em 1969 por Hans Bender. Ela vivia sob forte tensão no local de trabalho, pois não gostava dali. Estranhos acontecimentos se deram no escritório de advocacia onde ela era secretária: movimentação de objetos, comprometimentos inexplicáveis das instalações elétricas e problemas com o telefone. Através de investigações, Bender detectou que Annemarie seria a "responsável" por aquelas ocorrências. Ela se surpreendeu ao saber disso. Ao tomar consciência desse fato, mudou-se de emprego e os fenômenos escassearam até cessar por completo. (Bender, 1976)

Outro exemplo é o caso estudado por Wellington Zangari, ocorrido na periferia de São Paulo em 1987. "...Objetos sumiam para aparecer posteriormente do lado de fora da casa, vultos escuros eram vistos, brisas geladas eram percebidas em determinados pontos da residência e colchões, móveis e roupas eram queimados sem que ninguém tivesse colocado fogo neles. Tudo acontecia às vistas dos moradores da casa (pai, mãe e três filhos) sem que ninguém fizesse o menor movimento. A família, que era espírita, acreditava que tudo fosse causado pela ação de espíritos desencarnados, que agiam por intermédio do filho mais velho, então com 12 anos de idade. Apesar da explicação religiosa encontrada pela família, aceitaram que um pesquisador acompanhasse o caso." (3)

Algumas ocorrências foram diretamente observadas pelo pesquisador Wellington Zangari. Nenhuma fraude foi detectada, o que não significa que todos os eventos fossem genuínos. "Os fenômenos pareciam estar realmente relacionados ao filho de 12 anos. O garoto dizia ser capaz de se comunicar com os vultos que, segundo ele, faziam exigências absurdas: mudar de casa, trocar de carro, deixar o garoto ficar em casa em vez de ir à escola... As exigências eram atendidas, pois a família temia a represália dos espíritos.

O pesquisador verificou que os fenômenos eram utilizados inconscientemente pelo menino, como forma de livra-se de obrigações e também para satisfazer seus desejos e dominar a família. Sendo também psicólogo, o pesquisador iniciou uma terapia familiar com a finalidade de discutir e redefinir os papéis familiares. À medida que o relacionamento familiar foi recuperando o equilíbrio, os fenômenos foram escasseando até que cessaram por completo." (4)



Conclusão

Se ainda há muito o que descobrir sobre RSPK, boas pistas sobre esse fenômeno já aparecem através das especulações em torno de seus aspectos psicológicos. Somente através do investimento em mais pesquisas nessa área, não apenas a nível de casos espontâneos, mas também laboratoriais, é que poderemos lançar mais luzes a respeitos desses eventos intrigantes.

As dificuldades de investigação desse fenômeno se constituem em um obstáculo para que se descubra mais a respeito dos mecanismos envolvidos nas ocorrências, sejam eles físico, psicológicos, ou, psicofísicos. Mas ao invés de deixarmos o estudo desses casos de lado temendo suas dificuldades, devemos investir nosso tempo e esforços para investigá-los da melhor maneira possível, estando abertos às críticas quanto à metodologia e tendo bom senso para aprimorar os métodos de investigação. Assim, mais condições teremos de elaborar experimentos que explorem a psicocinesia de forma mais eficaz. Como diz William Roll: "... as investigações de campo têm uma função valorosa em Parapsicologia - não como um modo de encontrar uma prova científica do fenômeno psíquico, mas como um modo de se ter ‘insights’ sobre sua natureza, que podem, então ser testadas sob condições controladas." (Roll, 1972, p. xvii) "Um poltergeist ativo oferece uma excelente possibilidade para a pesquisa..." (Roll, 1977)



Notas

(1) A fisicalidade ou não da PK é matéria de discussão entre os parapsicólogos. O Dr. Rhine estava convencido da não-fisicalidade de PK, embora outros parapsicólogos divergissem dessa proposição. Chales Honorton, por exemplo, sustentou que era muito prematuro assumir a idéia da não-fisicalidade de PK. (Palmer, 1993)

(2) O Rosenzweig Picture-Frustration Test é uma variação do teste HTP (House-Tree-Person).

(3) Dos arquivos do INTER PSI, publicado na Revista Brasileira de Parapsicologia, nº 4, p. 11 e em MACHADO, F.R. & ZANGARI, W. Conversando sobre Casas Mal-Assombradas: O Fenômeno Poltergeist. São Paulo: Paulinas, 1995, p. 42.

(4) Idem, RBP p.11 e MACHADO, F.R. & ZANGARI, W. Conversando... p. 43.



Referências Bibliográficas

ALVARADO, C.S. Avaliações psicológicas de sujeitos poltergeist. Revista Brasileira de

Parapsicologia nº 2, pp. 32-36, São Paulo, SP, 1993.

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sexta-feira, 2 de março de 2012

Sonhos segundo a Psicanálise

Discussão

É nesse momento que, muitas vezes, cientistas e psicanalistas entram em conflito. Para Sigmund Freud (1856-1938), os sonhos revelam o desejo infantil do indivíduo, tão secreto e profundo que apareceria sob a forma de símbolos e nunca viria à tona para o consciente. Quando lançou o livro A Interpretação dos Sonhos, em 1900, o pai da psicanálise afirmou que não é por acaso que as pessoas lembram de um determinado fato e preferem esquecer outros. Isso explicaria, portanto, porque o indivíduo escolhe, mesmo que de forma inconsciente, sonhar com o chefe e não com a namorada.

Analisar os sonhos seria, então, uma maneira de lidar melhor com os problemas do dia-a-dia que afetam a maior parte das pessoas no trabalho, na vida social e afetiva.

Existe uma relação direta entre os sonhos e o nosso comportamento? Embora para a psicanálise a resposta para essa pergunta seja simples, muitos pesquisadores que estudam os mecanismos cerebrais dos sonhos refutam a idéia de que essas imagens ou sons possam ter ligação com nossos atos diários. A teoria é muito plausível. “O sonho é um espelho que nos reflete”. “Estudamos cada vez mais todos os mecanismos neurológicos, mas acredito que o sonho pode refletir nossos conflitos, angústias e ansiedades”.

Sendo assim, trata-se de partir exclusivamente para a análise terapêutica? O importante é unir especialidades. “Acredito no meio termo. Hoje, falamos na psiquiatria biológica, ou seja, estudamos os sonhos, mas sabemos que essa memória não está ali por nada. Se você brigou com seu chefe vai levar esse conflito para o sonho”.
Segundo pesquisadores do Instituto Tempos Modernos, acredita-se que a análise dos sonhos tem participação importante no desenvolvimento do indivíduo. Pois nem sempre os medicamentos são capazes de resolver um problema que pode estar diretamente ligado ao emocional e, pelo menos até agora, essa é a lacuna nas explicações científicas dos circuitos cerebrais.
Já que se sabe que a depressão está ligada a baixa do neurotransmissor serotonina.

Atualmente, muitas drogas são capazes de restabelecer esses níveis”, explica. “Mesmo assim, muitos pacientes que tomam esses medicamentos continuam em depressão. Então, eles mesmos podem estar produzindo essa reação no organismo”, revela.

Essa foi a grande descoberta de Freud ao analisar os sonhos. Quando uma pessoa conta seu sonho, mesmo que ela afirme não lembrar, vai revelar coisas que ela não falaria de forma consciente. Por isso, o mais importante é esperar o paciente explicar seu sonho e não anotar”, diz.
O mais importante realmente é como você entende este seu sonho, suas sensações, emoções e ate dificuldades. e um bom Psicanalista não revela seus conteúdos como um poderoso oráculo mas co-participa do que seria o contexto do sonho do cliente em seu momento terapêutico; o que este vem vivenciando no aqui-e-agora.
Trabalha o conteúdo principal e não fica esmiuçando cada pedaço do sonho ou pesadelo porque queremos ver o paciente firme dono de seu destino/vida e não um ser dependente de folhetins do o que fazer se sonhou com isto ou aquilo; vale lembrar.
Até num oráculo como no baralho terapêutico trabalhamos o significado do inconsciente que se apresenta nas cartas e o aqui e agora ou por vir recente e não damos receitas de bolo ou utilizamos de meios de siga assim e sua vida se tornará .....
Caso contrário fuja de quem assim se comportar porque trabalho psicoterapêutico liberta e não aprisiona ou causa dependências para ninguém - pense bem nisto.